Como você entende isso?
“Nossa aparência é uma forma de expor com adequação nossa mensagem visual ao meio que nos relacionamos. No entanto, um visual não suporta se não estiver adequado ao comportamento”, explica Claudia Piantini, designer da imagem pessoal e comportamento.
Ela destaca que, de nada adianta roupas vistosas e caras se seu comportamento não corresponder à gentileza, além disso, é preciso ter a convicção que, mais do que uma roupa, o que vai ser marcado é a forma como tratamos as pessoas.
“Entendo que uma pessoa segura não é arrogante, e nem precisa de subterfúgios para ganhar visibilidade. A roupa somente torna-se importante se cada um souber o que está expressando com as roupas que veste. Quando sabemos quem somos entendemos sobre como queremos ser vistos.”
Clássicos
De uma forma geral, há sete estilos universais: tradicional, esporte, natural, romântico, atraente, dramático e criativo. Segundo Cláudia, o tradicional, esporte e natural se encaixam no clássico, ou seja, são os estilos que têm uma predominância atemporal na vestimenta, são os mais difundidos na história da indumentária. É aquele estilo que permanece por mais tempo com peças mais usáveis, que não mudam tanto suas características de design.
No natural se encaixam roupas confortáveis, como calça de sarja, camisetas soltas, camisas com estampas xadrez ou com cores lisas. No esporte, preferência por malhas e principalmente sapatos baixos, como tênis e sapatilhas. No tradicional, linhas mais retas, alfaitaria e combinações sem muitas cores.
Não clássicos
Já os estilos romântico, atraente, dramático e criativo são identificados como não clássicos, que podem sofrer alterações conforme as tendências que são da indústria da moda. O romântico pode ir de um feminino mais suave até mesmo um feminino mais intenso, com peças mais envolventes.
Atraente é o estilo em que o foco são visuais mais glamorosos, preferências por roupas marcantes. O dramático requer um valor visual individualista, como se as escolhas fossem específicas e caracterizadas para cada pessoa individualmente; algo mais excêntrico.
No criativo, sua linha visual é a atualidade e o contemporâneo, um visual sempre mais ativo e informado pela leitura da moda. “Este conceito foi criado pela consultora de imagem Alyce Parsons, no livro Style Source by Alyce Parsons, de 1989. No entanto, podemos analisar que a evolução da vestimenta foi amplamente alterada e nos dias atuais seria impossível classificar que uma pessoa irá vestir-se exatamente do mesmo estilo o tempo todo e por muito tempo. Novos tempos, novos entendimentos”, ressalta Claudia.
Ela acrescenta que a contribuição deste conceito foi interessante para auxiliar por algum tempo, mas hoje em dia já tem-se conhecimento que a mudança visual acontece para todos e para alguns com mais frequência. “No trabalho de imagem pessoal moderno é necessário entender que cada um tem seu estilo próprio e que suas mensagens mudam de acordo com os seus objetivos sociais e culturais.”
Por fim, Claudia declara: “Cheguei neste momento da minha vida com o entendimento que ao respeitar o gosto pessoal de cada um é essencial que respeite o meu”.
Conteúdo publicado por Leandra Francischett no Jornal de Beltrão.
Colunista: Cláudia Piantini
Formada em Design de Moda pela Universidade Tuiuti do Paraná, a gaúcha Cláudia Piantini construiu e refinou um método original de consultoria de imagem ao longo de 15 anos de experiência na área. Na intenção de trilhar um caminho mais original, mergulhou em áreas que tangenciam o estudo da imagem.Tem especialização em Antropologia Cultural (PUC-PR), Comportamento de Consumo (Universidade Positivo) e Neurociência e Comportamento (PUC-RS). Está finalizando a Especialização em Comunicação e Cultura (PUC-PR). A experiência acadêmica e a ampla visão de mundo a ajudaram a criar um método multifatorial, que busca trabalhar o ser humano de forma mais completa por meio de sua estética, comportamento e emoção.